And in fifteen minutes ... · Another me. · Pensamento soltos traduzidos em palavras. · You know it's for you.

apenas mais uma noite.

Sentei decidida a escrever algo que preste. Eu estava realmente necessitando disso, e isso tudo estava me matando. Queria sair na rua correndo, quem sabe roubar um carro e bater na sua porta. Dizer como você ainda me afeta, e que tudo isso que sinto não vai embora e eu não sei o que fazer. Parei um pouco e lembrei que quero aprender a tocar violino. Amanhã vou fazer uma lista de planos. Por que não agora? Esquecer você está no topo da minha lista. Cumprir a promessa de te amar pra sempre é o segundo ponto. Lista idiota. Nas telhas, ouvi os gatos correndo em parar, e a madrugada era o meu tédio naquele dia, o café só me trazia incertezas, e eu a mercê da loucura, preocupada em saber quanto tempo passaria para o café esfriar. As coisas haverão de esfriar um dia. O nosso corpo, os nossos medos, as nossas dores, o anseio de chegar o fim das nossas vidas. Esfriou-se o tempo, então eu devia mostrar o dedo do meio pra todo mundo e gritar dos meus sentimento, fazer musica, ser poeta, contar migalhas. Acontece que, a vida vem são como cristais que se quebram facilmente, e não é preciso muita coisa para derrubar um de nós. E eu já estava cansada demais para isso, trazia comigo os poemas que deixei por fazer, e um pouco de saudade do que ando deixando para trás, mas que me segue por onde quer que eu vá. Pensei que um dia eu fui o dedo podre tocando na maçã das tuas bochechas. Os raios do Sol invadem minha janela denunciando que mais uma noite se passou em claro para mim. Rasguei a lista que continha dois pontos, mas não sem antes perceber que tinha seu nome nela. Várias vezes. Joguei tudo na gaveta, hora de trabalhar. Um pouco mais de café para enfrentar o dia. Viro-me para a gaveta e penso “Até mais tarde!”, quando novamente estarei sentada tentando encontrar uma forma de te tirar de mim.

And in fifteen minutes ...

#1

– Você já era louquinha por mim  naquela época. Admita.

– Hmmm, é e você também já era!

– Era. Sempre fui. Sou. E sempre serei.

– ‘Sempre foi’ ?  Eu acho que não. Sempre foi é tempo demais.

– Mas dizem que quando é pra sempre, não precisa ser depois. É antes e depois.